Segundo Celso Nicolau Anato, que falava à Angop, sobre o hábito de poupança por parte do cidadãos, a poupança é feita em função do rendimento, e que quanto maior for o rendimento, maior é a possibilidade de se realizar poupança.

Referiu também um baixo consumo em relação ao rendimento leva a uma poupança elevada, o que garante acima de tudo uma aposta no futuro, bem como uma parcela do salário pode ser mantida durante vários meses numa conta depósito à ordem que servirá de suporte para uma aplicação.

Disse que as instituições financeiras têm criado um conjunto de produtos associados à captação e aplicação de fundos, como depósitos a ordem, a prazo e outros depósitos remuneráveis, compatíveis com as necessidades dos seus clientes, de modo a estimular a poupança e o aumento da apetência para a contracção do crédito.

Para si, a falta de informação faz com que os clientes não tenham instrução que lhes permita aderir aos produtos oferecidos por estas instituições, o que inviabiliza as decisões de poupança por parte dos clientes.

Considerou que as medidas de incentivo à poupança adoptadas pelas instituições financeiras devem ser gizadas no sentido de permitirem acessibilidade da maioria dos cidadãos nacionais e proporcionar o aumento dos níveis de literacia financeira e inclusão social.

Por outro lado, referiu que a educação financeira para além de ser encarada como uma estratégia de âmbito nacional, deve incidir sobre os comportamentos dos cidadãos nacionais em matéria financeira, o que vai promover um maior envolvimento das empresas e dos cidadãos com as instituições financeiras.

Salientou que o comportamento dos cidadãos nacionais ao hábito de poupança, tem vindo a evoluir à medida que as alterações económicas, culturais e sociais também ocorrem na sociedade, facto que impulsionam aumento das exigências dos mesmos no que se refere aos produtos oferecidos pelos bancos.

Celso Nicolau Anato disse ser necessária para a população a adopção de hábitos que promovam sustentabilidade do rendimento e crescimento das finanças pessoais.

As pessoas devem compreender que o dinheiro é um meio, que se usado de forma eficiente pode atrair riqueza e sucesso. Neste sentido, tendo em conta os hábitos que as pessoas criaram ao longo de muitos anos, a mudança de comportamento tem de ser feita de forma gradual e em função de vários conhecimentos de âmbito económico e financeiro.

O economista aconselhou que para a época natalícia os cidadãos sejam consumidores responsáveis, evitando grandes gastos e que adoptem medidas que visam o controlo dos gastos, como a elaboração de um plano de compras ou optar pela antecipação das compras.

Esclareceu que do ponto de vista macroeconómico, tendo em conta a actual conjuntura, o país tem de optar por regras de racionalidade económica, ou seja, consumir apenas uma parte dos seus rendimentos e promover o investimento de forma a impulsionar um crescimento rápido do rendimento ou salários.

No âmbito da informação financeira, o Estado e os seus parceiros devem melhorar os programas de literacia financeira e de inclusão social de modo a contribuir para o fomento do sector financeiro e estimular a melhoria de vida das populações.

Angop/NJ