Em declarações à imprensa, por ocasião do Dia do Diplomata (12 de Novembro), declarou que nos 40 anos de independência a diplomacia angolana trabalhou incansavelmente, lutando nos corredores políticos internacionais para o reconhecimento do Estado angolano.
Fez saber que neste período lutou-se para o reconhecimento do país junto da União Africana (UA) e Organização da Unidade Africana (OUA), na época.
Adiantou que a entrada nas Nações Unidas, em 1976, foi também resultado da luta política levada a cabo pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, então nas vestes de ministro das Relações Exteriores.
"Todos esses momentos são importantes para a reflexão e também para podermos dizer aos angolanos que a área diplomática sempre esteve ao lado do povo angolano", expressou.
Notou que durante o conflito armado que assolou o país, a diplomacia angolana, de modo geral, trabalhou com a comunidade internacional para fazer ver que o conflito era injusto.
"Tínhamos forças do regime do Apartheid que agrediam Angola e apoiavam uma parte de angolanos contra a estabilidade do país, contra a resolução 435 (sobre a independência da Namíbia), bem como para manter o regime do Apartheid na África do Sul, que durante anos excluiu a população negra para ser foque do processo político", afirmou.
Segundo o ministro, Angola lutou por valores extremamente importantes na sua região, culminando com a Batalha do Cuito Cuanavale que levou pela primeira vez às negociações entre os EUA, África do Sul, ex-URSS e Cuba a reconhecerem que era tempo para se pôr fim ao conflito na região.
A par disso, aferiu que a diplomacia angolana continuou a lutar, permitindo a assinatura dos acordos de Bicesse (Portugal) que levaram Angola às primeiras eleições multipartidárias de 1992.
Angop/Expansão