Cupertino Gourgel adiantou ao jornal China Daily, que publicou algumas páginas dedicadas ao 40º aniversário da independência de Angola, que nos últimos cinco anos têm estado a chegar a Hong Kong jovens angolanos “em números nunca vistos”.

O cônsul-geral mencionou que, ao mesmo tempo que alguns desses jovens têm estado a receber formação superior nas universidades de Hong Kong, o estilista angolano Allex Kangala participou na Semana da Moda de Hong Kong e o agrupamento de dança Batoto Yetu já se apresentou ao público do território em duas ocasiões.

Cupertino Rangel mencionou igualmente o papel importante que Hong Kong tem desempenhado no relacionamento entre Angola e China, “ao facilitar e contribuir para outro capítulo do relacionamento entre os dois países, capítulo esse que se apresenta como bastante promissor.”

O cônsul-geral recordou o facto de o Fundo Soberano de Angola estar a diversificar a sua carteira com investimentos em sectores industriais e em activos diversos a que se junta o facto de o mercado de capitais de Hong Kong apresentar “enorme versatilidade”, permitindo além disso o acesso ao mercado da China.

“Em conjunto com investidores da China, o Fundo tem estado a analisar projectos tanto em Angola como no resto do continente africano”, escreve ainda o jornal China Daily. Gourgel, cônsul-geral de Angola em Hong Kong há quatro anos, salientou que a importância estratégica da cidade no relacionamento sino-angolano não pode ser subestimado.

“A China é um parceiro estratégico do desenvolvimento de Angola, com um enquadramento bem definido entre as partes, tendo Hong Kong estado a desempenhar um papel de charneira nesse relacionamento.”

O comércio bilateral entre Hong Kong – onde têm sede algumas das maiores empresas chinesas que têm negócios em Angola – cresceu de forma significativa nos últimos três a cinco anos, facto que Cupertino Rangel atribuiu à eficiência do consulado bem como ao aumento do número de turistas e de empresários entre Angola e Hong Kong.