Contra a ideia de que a estatística é um dos calcanhares de Aquiles de Angola, o governante avançou que "dentro de cinco anos teremos um dos mais robustos sistemas de estatística de África".

A meta, segundo explicou o ministro durante a V Sessão Plenária Ordinária do Conselho Nacional de Estatística, persegue-se no âmbito da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Estatístico 2015-2025.

De acordo com Job Graça, o projecto foi aprovado pelo Presidente da República, a partir do reconhecimento de que "as estatísticas oficiais abrangentes, regulares e de qualidade", desempenham um papel importante e estratégico "no processo de programação das políticas públicas".

Job Graça lembrou que Angola tem uma infra-estrutura em franco desenvolvimento, acrescentando que estão em construção serviços provinciais de estatística do INE, rumo a uma cobertura nacional.

O ministro aproveitou para desvalorizar as críticas que têm sido apontadas ao Censo 2014, defendendo que as mesmas surgem de leigos na matéria.

"Com o nível de conhecimento que temos, não podemos aceitar isso", sublinhou o responsável, descartando, por exemplo, a ideia de que os dados estão desactualizados.

"Termos publicado os dados definitivos, passados 21 meses da data da realização [do Censo], coloca-nos dentro do intervalo de tempo observado em África para a publicação de dados definitivos. Esse intervalo vai de 19 a 41 meses", reiterou.

O ministro recordou ainda que o recenseamento da população foi antecedido por um Censo piloto, e frisou que o Governo contou "com a assistência técnica de peritos de renome, dentre os quais o autor das recomendações das Nações Unidas sobre o processo censitário".