Apesar da mega campanha de divulgação que envolveu o primeiro recenseamento da população e da habitação realizado após a Independência, a data ainda não entrou nos anais do MPLA, pelo menos a avaliar pela mensagem alusiva ao 1.º de Maio, enviada às redacções.

Começando por reconhecer que o país comemora o Dia Internacional do Trabalhador, "num momento particularmente difícil, do ponto de vista económico e social, devido à queda do preço do petróleo no mercado internacional, cujos constrangimentos reflectem-se directamente na vida dos trabalhadores angolanos", o partido no poder aponta o caminho da mudança.

"Com o objectivo de atenuar tais constrangimentos, o MPLA encoraja o Executivo angolano a implementar, com rigor, as medidas que visam a diversificação da economia, aumentando significativamente a produção nacional e as fontes de receitas, para que Angola possa ver reduzido o peso do petróleo no seu Produto Interno Bruto".

Apesar de apelar ao rigor, o MPLA "distraiu-se" da sua utilização, ao pronunciar-se, na mesma mensagem, sobre o "Censo Geral da População e Habitação realizado em 2015", quando o mesmo foi efectuado em 2014.

Mais ano, menos ano, o MPLA destaca o contributo do recenseamento, tendo em conta que "facultou informações muito úteis e mostrou que Angola cresceu substancialmente".

No documento, o partido assinala que "no prosseguimento da implementação das políticas de combate à fome e à pobreza, continua a estimular o acesso ao crédito para as micro, pequenas e médias empresas, o aumento do número de centros de formação técnico-profissional e a adopção de medidas mais eficazes para garantir o primeiro emprego aos jovens".