Em causa está o incidente registado no passado dia 25 de Maio, que envolveu uma delegação parlamentar do da UNITA, na localidade de Cambulo-Kapupa, município do Cubal, província de Benguela e simpatizantes do MPLA, e do qual resultaram três mortos e igual número de feridos.

O maior partido da oposição convidou os jornalistas para, esta manhã, se insurgir contra os factos apresentados ontem pelo Governo, e "desmontar" o inquérito que acabou por sustentar as declarações proferidas pelo director do Gabinete de Estudos, Informação e Análise do Ministério do Interior, representante do Ministério do Interior, o comissário Aristófanes dos Santos.

Adalberto da Costa Júnior começou por lançar as suas dúvidas através de algumas perguntas: "Afinal quem colocou em Cambulo as mais de 250 milícias que nos atacaram? O próprio Comissário Aristófanes adiantou este elevado número de atacantes!, Quem os preparou? Quem os avisou da ida dos Deputados?".

O líder da bancada parlamentar da Unita foi mais longe ao questionar o Ministério do Interior sobre as razões de estar a proteger milícias. "Agora vai a pergunta maior: porque é que o Ministério do Interior está a proteger milícias, que existem ilegalmente e realizam ataques contra Deputados? A quem o Ministério do Interior está a querer proteger?", disse.

Adalberto da Costa Júnior acusou também o comissário Aristófanes dos Santos de ter alterado "intencionalmente toda a dinâmica dos factos... Nós fomos verbalmente agredidos e ameaçados desde a chegada ao local de Cambulo. As milícias estavam à nossa espera e, algumas delas, pelos dados que nos vão chegando, foram transportadas para ali de municípios bem distantes".