Um ano depois do assassinato de Martin Duram, com cinco tiros, a sua ex-mulher, Christina Keller, está convencida de que o papagaio - que entretanto ficou sob os seus cuidados - não só testemunhou o crime, como tem vindo a reproduzir a conversa que antecedeu os disparos.
Segundo Christina, nas semanas que se seguiram à morte do ex-marido, a ave, de nome Bud, passou a repetir excertos de uma discussão entre um homem, cuja voz garante ser de Martin, e uma mulher - que as suspeitas indicam ser a viúva, Glenna Maram, entretanto detida.
A conversa, conforme relatou a ex-mulher à agência AP, encerra com uma súplica desesperada: "Não dispares".
Apesar de esclarecer que desconhece antecedentes legais que permitam chamar o papagaio a testemunhar, Robert Springstead, procurador do condado de Newaygo - quem tem jurisdição sobre o caso -, está a estudar essa possibilidade.
"É uma novidade interessante e tem sido uma grande oportunidade para aprender sobre os papagaios africanos [espécie da ave deste caso].Trata-se de uma hipótese que está a ser analisada, no sentido de determinar se a sua utilização é fiável ou se estamos diante de informação de que necessitamos para julgar este caso", disse ao jornal Detroit Free Press.
Por enquanto, porém, há mais perguntas do que respostas: Afinal, questiona o procurador Robert Springstead, quando chegar o momento do juramento da testemunha o que vai acontecer? "Ele levantará uma asa, um pé?".
As incógnitas prometem dar que palrear.