"Posso anunciar que recebi agora a chamada do Supremo a dizer que vão ser libertados. Está confirmado e vou agora assistir à saída", disse à Lusa o advogado, aludindo à resposta ao "habeas corpus" que estava por decidir desde Abril, solicitando que os activistas aguardassem em liberdade a decisão dos recursos à condenação, por rebelião e associação de malfeitores.
A mesma informação foi confirmada à Lusa pelo advogado de defesa David Mendes, desconhecendo ainda os argumentos do Tribunal Supremo, e que também se está a deslocar para o Hospital-Prisão de São Paulo (HPSP), em Luanda, onde até hoje estavam detidos, a cumprir pena, 12 dos 17 activistas.
A Lusa noticiou a 19 de Junho que os activistas queriam ir ao Tribunal Supremo a 5 de Julho, perguntar pelo 'habeas corpus', pedindo a libertação, por decidir há quase três meses.
A posição, na véspera da data em que se cumpriu um ano sobre as primeiras detenções deste caso, surgiu expressa numa carta assinada por 12 activistas - do grupo de 17 condenados em Março por rebelião e associação de malfeitores -, que cumprem penas entre os dois anos e três meses e os oito anos e meio de cadeia no HPSP, em Luanda.
Este recurso de 'habeas corpus', por "prisão ilegal", visa usar a "jurisprudência existente" sobre o efeito suspensivo dos recursos - neste caso interpostos para as instâncias superiores - à condenação, para que entretanto seja mantida a situação carcerária de todos, particularmente as duas jovens que estavam em liberdade e os restantes que estavam em prisão domiciliária, a 28 de Março, quando foi conhecida a sentença.
A maioria dos jovens activistas foi detida a 20 de Junho de 2015, numa operação da Polícia em Luanda.
Os 17 acabaram condenados a penas de prisão efectiva por actos preparatórios para uma rebelião e associação de malfeitores.
Começaram de imediato a cumprir pena, apesar dos recursos interpostos, no mesmo dia, pela defesa.