Depois do cinema, Alberto Zonda regressou a casa, no Projecto Habitacional KK 5000, no município de Belas, no seu carro, quase novo, comprado com o suor do seu trabalho, mas à espera, por volta da uma da madrugada, estava alguém com intenções de queimar o seu carro, com apenas três semanas nas suas mãos. Como n~

Ao deve nada a ninguém, nem fez mal a ninguém, este jovem de 23 anos aponta o dedo a um anterior relacionamento da sua actual namorada.

Isto, porque, há cerca de duas semanas, aquele de quem Alberto suspeita, foi a sua casa fazer ameaças, dizendo-lhe que só daria pelo problema depois das consequências; ou seja, quando as coisas tivessem acontecido.

"Foi em minha casa quando era meia-noite e fez-me várias ameaças. No dia seguinte enviou-me uma mensagem que dizia que só daria conta do problema depois das consequências, para uma pessoa que me diz isso só posso desconfiar dele", contou Alberto ao Novo Jornal Online.

E as consequências são evidentes: uma viatura completamente carbonizada. Os responsáveis pelas chamas, segundo relatos dos vizinhos de Alberto, foram três indivíduos com capuchos, claramente para não serem reconhecidos.

E Alberto conta que...

"Na passada sexta-feira, vindo do cinema cheguei a casa às 23 horas e, quando era uma da madrugada, ouvi vários movimentos na porta, barulho do lado de fora. Achei que fosse a vizinhança ao lado. Como os gritos eram constantes, levantei-me a fui até a minha janela e vi muita gente no parque de estacionamento do edifício. Assim que desço, encontro a viatura em chamas", disse Alberto ao Novo Jornal sem parar de chorar.

Com a chave da viatura na mão, Alberto Zonda contou que não deve nada a ninguém nem tem problemas com alguém, reconfirmando que a única pessoa que ele suspeita é "o ex-namorado" da sua actual companheira porque há duas semanas o mesmo foi até ao seu apartamento e fez-lhe "várias ameaças".

A pegar fogo ao carro, "eram três", e um deles dizia: "Isso é só para lhe mostrar que nós somos capazes de fazer isso e muito mais", contou uma vizinha que pediu o anonimato.

Vizinhos sentem-se inseguros

Maria de Jesus, moradora do mesmo edifício, contou que o crime que acabou de acontecer foi uma demonstração da falta de segurança que existe no projecto habitacional KK 5000.

"Esta situação que acabamos de vivenciar só nos mostrou que aqui não estamos seguros e isso dá-me muito medo. Se esses supostos bandidos tiveram a coragem de queimar o carro, amanha serão capazes de tirar a vida de uma pessoa", disse a moradora de 24 anos.

Por outro lado, Mateus Gabriel, também morador, disse que o posto policial daquela zona esta muito ausente das situações que têm acontecido na área.