Depois de as primeiras notícias terem avançado a existência de pelo menos 15 mortos, dezenas de feridos, três atiradores e múltiplos focos de tiroteio na cidade de Munique, as autoridades alemãs confirmaram, já perto da madrugada, a morte de 10 pessoas, incluindo a de um único atirador.

Segundo a Polícia, o autor do tiroteio do centro comercial de Munique, no sul da Alemanha, era um alemão-iraniano de 18 anos, cuja motivação está a ser investigada.

Apesar de o atirador não ter antecedentes criminais, nem ter sido ainda confirmada uma ligação a extremistas islâmicos - nomeadamente do Estado Islâmico -, o porta-voz da Polícia, Marcus De Gloria Martins, explicou que a operação foi montada como se de uma acção terrorista se tratasse.

"Assumimos que era um atentado terrorista para garantirmos o máximo de meios. Mesmo que se verifique que as motivações são outras, ficamos com a certeza de que mobilizámos os recursos necessários para lidar com o pior cenário possível", disse, citado pela cadeia britânica BBC.

Já depois deste esclarecimento, o chefe da Polícia Hunertus Andra, em conferência de imprensa, adiantou que o atirador vivia em Munique, e que o seu cadáver foi encontrado, armado com uma pistola, a aproximadamente um quilómetro do local do tiroteio, com sinais de que se terá suicidado. O responsável da polícia acrescentou que há crianças entre os feridos e jovens entre os mortos.

A reconstituição dos factos indica que o jovem começou a disparar ao início da tarde contra pessoas à saída de um restaurante da cadeia de fast-food McDonald"s, antes de continuar os disparos no centro comercial e depois se colocar em fuga.

O local do tiroteiro, o Olympia-Einkaufszentrum (OEZ), é descrito como o maior centro comercial do Estado da Baviera.