Segundo os relatos, o tribunal de Brazzaville deu como provado que Makaya organizou e participou, em Outubro desse ano, nas manifestações contra Nguesso e condenou-o por "incitar aos distúrbios" durante os protestos, em que ocorreram também confrontos com a polícia congolesa.
A sentença, segundo a imprensa, inclui também uma multa de 2,5 milhões de Francos centro-africanos (cerca de 3.800 euros).
No julgamento, o Ministério Público pediu cinco anos de prisão para o líder da oposição, que se encontra em prisão preventiva desde que foi detido em Novembro de 2015, por organizar e participar nas manifestações de protesto contra a alteração da Constituição, que permitiu a Nguesso apresentar-se novamente às presidenciais de Março deste ano e ganhá-las.
Cerca de duas dezenas de activistas e opositores estão detidos e a aguardar julgamento em Brazzaville, acusados de envolvimento em desordens públicas, tendo várias organizações de defesa dos direitos humanos denunciado a repressão de Nguesso contra os críticos.
Sassou Nguesso está no poder há três décadas e ganhou as presidenciais de março último com 60,39% dos votos numas eleições consideradas "uma farsa" pela oposição congolesa e pela comunidade internacional.
À crise política que assola o país junta-se uma recessão económica provocada pelos baixos preços do petróleo, que representa cerca de 60% do Produto Interno Bruto (PIB) do Congo, 75% das receitas do Estado e 80% das exportações.