Nas redes sociais somam-se os depoimentos de amigos e conhecidos que lamentam a morte de um rapaz exemplar, amigo dos seus amigos e "o filho que todos gostariam de ter", garante o seu pai. Yannick Veloso morreu aos 22 anos... aparentemente, por nada.

O presumível homicida já foi detido pela polícia, como confirmou ao Novo Jornal Online o inspector-chefe Mateus Rodrigues. Mas a família e os amigos fazem questão de afirmar que a justiça está longe de ser feita.

Tudo aconteceu quando, já na madrugada de sábado, por volta das 02:00, um grupo de jovens, onde estavam familiares de Yannick, entre estes a sua irmã, foram surpreendidos por um indivíduo que surgiu de um carro a ameaçá-los de morte, gerando-se uma pequena confusão.

Yannick estava a uns metros do local e dirigiu-se ao grupo, onde, procurando defender a sua irmã, foi esfaqueado mortalmente na virilha, depois de ter sido golpeado nas costas. Mais dois jovens ficaram feridos com golpes de faca.

Mateus Cortejo, que também ficou ferido, contou ao Novo Jornal que o autor do homicídio saiu de um carro e ameaçou-os de morte, momento em que Yannick chegou e, durante a conversa, onde os rapazes do grupo lhe diziam que não havia razão para aquilo, porque nada tinham feito, eis que surgem as facadas que mataram o jovem que vivia no Sequele, Cacuaco.

"Ele (o homicida) apareceu com uma carrinha e parou à nossa frente e ameaçou-nos de morte e de repente, depois de lhe explicarmos que nada tínhamos feito, puxou da faca e o Yannick, que procurava ajudar-nos, foi atingido nas costas e depois na virilha", contou ainda o amigo da vítima mortal.

O malogrado ainda foi levado à unidade hospitalar de Viana mas não resistiu aos ferimentos e "acabou por morrer nos braços dos seus familiares", acrescentou Mateus cortejo.

O pai de Yannick, Manuel Rapouso, lamentou a ausência dos familiares do presumível assassino na cerimónia fúnebre e adiantou ao Novo Jornal que agora só pretende que a justiça seja eficaz e rápida.

"Nós não somos de confusão, só queremos resolver este problema com a justiça", afirmou.

Yannick, como era vulgarmente chamado pelos vizinhos e amigos, era um rapaz obediente, calmo que não gostava de confusão. E para o pai era "um filho que qualquer um gostaria de ter".

Mateus Rodrigues, porta-voz da Polícia Nacional, disse que o suposto assassino já se encontra sob custódia da polícia.

"Tomamos conhecimento da ocorrência do crime, no Sequele, e o presumível assassino já se encontra detido. Agora vai ser dado prosseguimento ao processo normal na justiça", informou o porta-voz da Polícia Nacional.