No final do primeiro encontro do renovado Bureau Político do MPLA, composto por 37 homens e 10 mulheres, João Lourenço garantiu que não estava à espera de ser eleito vice-presidente do maior partido do país.

"Esta manhã [ontem] alguém me entrevistou e eu dizia: não, é especulação. O jornalista dizia, ai é, é especulação, então vamos esperar algumas horas. Portanto ele sabia mais do que eu", adiantou à imprensa o novo número dois do MPLA.

Questionado pela agência Lusa sobre se estaria preparado para ocupar a liderança do partido, caso se concretize a retirada de José Eduardo dos Santos da vida política em 2018, João Lourenço preferiu não fazer comentários.

"Penso que é muito cedo para falarmos sobre esta matéria", respondeu.

Debruçando-se sobre os desafios que se colocam ao seu mandato, João Lourenço, titular da pasta da Defesa no Governo, e antigo secretário-geral do MPLA, elege a preparação das eleições gerais, agendadas para Agosto de 2017, como o mais importante.

A meta, defende o novo vice-presidente, exige que o MPLA supere o défice de disciplina e de organização que tem apresentado.

"É por aí onde a gente tem de atacar. Temos de imprimir a necessidade de haver maior rigor, maior disciplina em todo o trabalho que realizamos. Portanto, brincadeira é brincadeira, trabalho é trabalho, e temos que levar o trabalho a sério", sublinhou.