A imprensa brasileira anunciou ao mundo a morte de um dos maiores nomes da poesia em língua portuguesa citando fonte familiares.

Gullar, que em 2014 entrou em grande na Academia Brasileira, nasceu em São Luís do Maranhão, e esteve quase a atravessar-se no caminho do Prémio Nobel da Literatura em 2002, por proposta de um grupo alargado de professores universitários de vários continentes.

O autor de "Dentro da noite veloz", 1975 é um dos nomes mais marcantes da poesia moderna brasileira, que absorveu pela primeira vez aos 19 anos, chegando a ser considerado mesmo um radical, e deve o seu apego a esta expressão poética a nomes como Carlos Drummond de Andrade ou Manuel Bandeira.

Mas, para os mais familiarizados com a poesia brasileira, foi um dos primeiros a experimentar a poesia concreta mas abandou este "barco" e criou o neoconcretismo.

Gullar esteve profundamente envolvido na luta contra a ditadura, entrando para o Partido Comunista Brasileiro, sendo obrigado a fugir clandestinamente do país e viveu em países como o Chile ou em Moscovo (União Soviética), regressando apenas em finais dos anos de 1970.

"Poema Sujo", um poema com mais de cem página, escrito na Argentina, é considerado a sua mais conseguida obra.