O novo SG da ONU, depois de ter escolhido uma africana para nº 2, foi à América do Sul buscar a brasileira Maria Viotti, embaixadora deste país na ONU entre 2007 e 2013 e actual representante da diplomacia de Brasília na Alemanha, para sua chefe de gabinete, e à Ásia foi encarregar a sul-coreana Kyung-wha Kang para tomar conta da assessoria para a área da Política.

Com estas escolhas, o ex-Alto Comissário para os Refugiados e antigo primeiro-ministro português, dá uma resposta a um dos pontos que mais perigou a sua eleição para Secretário-Geral da ONU, que foi a pedra na engrenagem colocada por Ban Ki-moon quando disse, em plena campanha para o cargo, que era altura de a ONU ser liderada por uma mulher.

Na altura, Guterres, respondeu garantindo que a sua eleição seria também a eleição de alguém que iria resolver o problema do desequilíbrio de género na estrutura de comando da ONU, sendo agora esta, pelo menos, uma parte do cumprimento desse pressuposto.

Apesar de já ter tomado posse, António Guterres só assumira funções de facto e por cinco anos a partir de 01 de Janeiro, saindo Ki-moon definitivamente do lugar.