Para dar resposta ao surto de cólera que afecta o município do Soyo, o Governo destacou uma equipa ministerial para o local, integrada pelos ministros da Saúde e das Finanças - respectivamente Luís Gomes Sambo e Archer Mangueira - e pelo secretário de Estado da Energia e Água, Luís Filipe.

No terreno, os governantes avaliaram a evolução da epidemia, que já matou seis pessoas, em 104 casos confirmados.

"Segundo informações colhidas durante a visita [às ilhas que estão referenciadas como focos da doença], três cidadãos da RDC foram os primeiros casos registados aqui nesta parte do nosso território", avançou o ministro Luís Sambo, em declarações à Televisão Pública de Angola.

"Há uma grande porosidade da fronteira e isso arrasta também consigo doenças, sobretudo quando se trata de doenças com potencial epidémico", lembrou o responsável, acrescentando que o surto eclodiu na parte insular do município do Soyo, formada por mais de 100 ilhas, das quais 60 são habitadas.

Mais do que apontar as causas, o governante chamou a atenção para a necessidade de enfrentar as consequências rapidamente.

"O mais importante é tomarmos as medidas para invertermos a tendência actual da epidemia, pois o número de casos continua a aumentar", sublinhou o ministro à TPA.

Luís Sambo adiantou ainda que o objectivo do Executivo é suster a epidemia, e para isso já foi elaborado um plano de resposta para todo o território nacional, embora com uma componente reforçada no Soyo.

Além da presença dos governantes, o Governo central enviou para o terreno recursos medicamentosos e algum pessoal técnico para formação, estando os focos de intervenção virados para a melhoria das condições de higiene e da qualidade da água de consumo, bem como para o fortalecimento da vigilância epidemiológica.