A directora do gabinete provincial de Saúde de Luanda, Rosa Bessa, apelou para que a população de Luanda adopte todas as medidas de prevenção para a eventual irrupção de um surto de cólera também na capital do país, onde residem cerca de 7 milhões de pessoas e onde as condições de saneamento podem facilitar a propagação da doença.

Algumas das medidas preconizadas passam, segundo Rosa Bessa, por melhorar as condições de higiene dentro de casa e também no ambiente e contribuir no manuseamento do lixo produzido nos lares e arredores.

A responsável pela área da Saúde de Luanda apela ainda à população para não se esquecer dos cuidados básicos de higiene pessoal, como lavar as mãos antes de comer e depois de utilizar o quarto de banho ou latrinas, bem como abster-se de comer alimentos expostos ao ar livre ou sob suspeita de mau acondicionamento, lavar as frutas com desinfectante (lixívia) e não ter qualquer contacto com as águas das enchentes, entre outras medidas profilácticas.

Tendo como agente causador da doença o embrião colérico, ou Vibrio cholerae, a cólera tem como sintomas principais a diarreia abundante, vómitos e dores musculares e as principais causas para os surtos que fazem anualmente milhares de mortos em todo o mundo, sem deixar Angola de fora, são a escassez de água potável e a não vacinação das populações mais vulneráveis e expostas a situações de risco ambiental.