"Infelizmente, o processo de organização, preparação e execução de algumas fases das eleições de 2017 começou mal e carece de correçcão urgente", afirmou o deputado, que falava em conferência de imprensa, em Luanda, sobre a resolução que exclui a alteração da Lei Orgânica sobre as Eleições Gerais em Angola.

Trata-se de uma lei que vigorou durante as eleições de 2012, entretanto aprovada pelo parlamento angolano para regular também as eleições de 2017, e que no entender no deputado da segunda força política da oposição "está eivada de várias insuficiências e lacunas".

"Temos dito que é necessário que organizemos e realizemos essas eleições de forma exemplar, de modo a evitar suspeições fazendo delas credíveis, transparentes, democráticas e justas. Isto é importante para a estabilidade e progresso do país", afirmou ainda André Mendes de Carvalho.

"A lei em vigor não prevê a assinatura das actas sínteses pelos delegados de lista, não prevê igualmente a afixação das actas nas assembleias de voto", exemplificou o deputado da CASA-CE, coligação que defende a contagem de votos a partir dos municípios

"Porque permite controlar melhor o vencedor a partir do município", disse, acrescentando que a "fraude" acontece durante o transporte dos votos "para as sedes das províncias", pelo facto de os delegados de lista "não acompanharem" as respectivas urnas, alertou.

Aquela coligação, que se estreou em eleições em 2012, segundo o seu líder parlamentar, só vai aceitar os resultados de 2017, em caso de derrota, "se perdermos de maneira justa".

Ainda assim, a CASA-CE afirma estar confiante que estas eleições marcarão o início de "uma nova etapa na história do povo angolano"

"Teremos uma nova e diferente correlação de forças políticas no parlamento que irá influenciar a governação do país", afirmou André Mendes de Carvalho.

As eleições gerais em Angola estão previstas para Agosto próximo.