Falando na conferência "Angola, desafios e oportunidades face às mudanças em curso", co-organizada pela Associação Industrial Portuguesa e pelo Africa Monitor Intelligence, o director do CEIC - Centro de Estudos e Investigação Científica da Universidade Católica analisou a situação da Sonangol, tendo em conta o seu impacto sobre a dívida pública.

Alertando para o risco de esse valor atingir 80% do PIB ao longo de 2017, Alves da Rocha lembrou que só a dívida pública da petrolífera angolana poderá "ascender a 9 mil milhões de dólares, segundo declarações públicas".

Apesar de assinalar que a empresa está em processo de reestruturação, o economista adiantou que "têm-se descoberto muitas situações inexplicáveis à luz dos processos contabilísticos normais", traduzidas numa crise de liquidez.

"Houve uma tentativa de solicitar financiamento da China, com Isabel dos Santos a ir à China para isso, mas aparentemente não teve sucesso", avançou o director do CEIC, citado pela agência Lusa.