Numa altura em que a Suécia acaba de assumir um dos 10 lugares não permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, em substituição de Angola, o embaixador sueco no país, analisa, em entrevista ao Novo Jornal, o desempenho nacional no órgão de decisão da ONU.
"Estou plenamente convencido de que Angola fez tudo o que foi possível para estar à altura do mandato no Conselho de Segurança da ONU para a paz e segurança e para defender os direitos humanos em todo o mundo", introduz o diplomata, destacando a importância desse posicionamento internacional.
"Tem de se ser valente para se sentar no Conselho de Segurança. A crítica a Israel é um exemplo dos riscos envolvidos, quando se quer jogar um papel de destaque na diplomacia global", sublinha Lennart Larsson, frisando que "a Suécia está inteiramente do lado de Angola e saúda a decisão do Conselho de Segurança, confirmando o ponto de vista da União Europeia (UE) e da Suécia sobre os colonatos" de Israel.
Para além do alinhamento com Angola na aprovação a uma resolução que "considera os colonatos israelitas em terras ocupadas como ilegais, e um sério obstáculo para alcançar uma solução de dois Estados", o embaixador manifesta a disponibilidade da Suécia de apoiar o país nos seus planos de desenvolvimento.
"Estamos prontos para desenvolver uma cooperação maior", sublinha o diplomata, apontando algumas áreas de acção com maior potencial. "Agora que Angola deseja diversificar a economia e reduzir a dependência do petróleo, seria uma mais-valia concentrar-se nos sectores de energia, das telecomunicações (TICs), transportes - pensando em cidades sustentáveis - clima e saúde".
(Leia esta entrevista o na íntegra na edição semanal n.º 465 do Novo Jornal, nas bancas, ou em formato digital, que pode pagar via Multicaixa)