A informação consta de um documento governamental a que a Lusa teve hoje acesso, indicando que o acordo entre o Governo angolano e o banco estatal chinês foi alcançado no final do primeiro semestre de 2016, dois anos depois de a obra ter arrancado.

A empreitada, atribuída a empresas chinesas, está avaliada em 985 milhões de dólares (935 milhões de euros), devendo a central começar a produzir electricidade para a rede pública, a partir de gás natural, durante o primeiro trimestre de 2017.

De acordo com informação transmitida em Dezembro último pelo ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, os primeiros 120 MegaWatts (MW) desta central serão injectados na rede até março, prevendo este projecto garantir electricidade a Luanda e a várias províncias do norte de Angola.

Com uma capacidade de produção instalada de 750MW, este projecto envolve ainda a construção de uma linha elétrica até à capital, ao longo de mais de 400 quilómetros, com 1.500 torres.

Trata-se de uma das maiores obras públicas em curso em Angola e considerada fundamental para reduzir o défice energético angolano.

A primeira máquina de geração de electricidade desta central deverá entrar em testes no início de 2017 e as restantes três ao longo do ano, estimando-se que a ligação eléctrica entre o Soyo e Luanda esteja concluída até Maio.

O contrato para a obra foi celebrado entre o Ministério da Energia e Águas e a empresa China Machinery Engineering Corporation (CMEC) em 2014.