Os quatro indivíduos, com idades compreendidas entre os 17 e os 26 anos, segundo o SIC, residem no Cacuaco e, segundo o superintendente-chefe Amaro Neto, director provincial do "serviço", o motivo do crime foi o furto dos seus bens e a viatura que conduzia.

Durante a apresentação dos detidos, o responsável policial aproveitou para sublinhar que não foram encontrados quaisquer indícios de envolvimento de forças externas no cometimento do crime.

Este esclarecimento surge depois do Presidente libanês, Michel Aoun, ter afirmado que a morte de Amine Bakri, de 53 anos, foi da responsabilidade da "secreta" israelita Mossad, embora sem adiantar quaisquer pormenores no momento da acusação.

O director provincial do SIC informou ainda que a arma utilizada no assalto que acabou por resultar na morte do empresário libanês, de marca Zurich, foi apreendida pela polícia e que esta tinha sido furtada a um militar das Forças Armadas Angolanas.

Ainda sobre a acusação feita pelo Presidente do Libano, o director do SIC afirmou: "As nossas investigações nunca estiveram debruçadas pelas informações que foram veiculadas na altura. Muito cedo, apercebemo-nos que estávamos diante de um crime normal".

A detenção dos quatro suspeitos aconteceu, contou ainda Amaro Neto, com a conjugação de esforços entre os agentes do SIC de Luanda, Benguela e Malanje.

Amaro Neto sublinhou que as investigações continuam para um total esclarecimento do caso.

Na mesma ocasião, um dos detidos, Ambrósio Kiala, citado pela imprensa, admitiu ter sido o autor do disparo fatal, explicando que a intenção era ficar com os bens do empresário mas que este, depois de alvejado, embateu com o carro e os quatro elementos acabaram por fugir sem levarem nada.