A acção, que as autoridades nigerianas afirmam ter-se tratado de um erro do piloto, fez, segundo diversas fontes, entre 52 mortos, como referiu na terça-feira, logo após o ataque, a organização Médicos sem Fronteiras, e mais de 100, segundo uma fonte governamental citada pelas agências internacionais.
Já hoje, a Cruz Vermelha Internacional, que teve mais tempo para proceder à contabilidade de mais esta tragédia na Nigéria país há anos fustigado pela acção dos jihadistas do Boko Haram, aponta para um saldo de 70 pessoas mortas no bombardeamento.
O campo de refugiados de Rann, com mais de 40 mil ocupantes, está situado no Estado de Borno, no Nordeste da Nigéria, um dos locais mais fustigados pelo Boko Haram e, segundo as agências, o erro do piloto poderá ter sido despoletado pelas movimentações dos jihadistas na área, que mudam amiúde a localização dos seus campos.
A Human Rights Wtach já veio a público pedir ao Governo da Nigéria que proceda a indemnizações das vítimas e, admitindo que se tratou de um erro, sublinha que a forma indiscriminada como o bombardeamento ocorreu, permite afirmar que as mais básicas normas humanitárias internacionais não foram respeitadas.