Segundo o director técnico da Direcção Provincial de Benguela das Obras Públicas, Celestino Sebastião, a construção que ruiu remonta à época colonial e já "estava interditada há algum tempo" devido ao perigo de derrocada.
O responsável, que falou à Angop, garantiu que apesar de esse risco estar devidamente sinalizado, a população continuava a ignorá-lo, circunstância que acabou por resultar na morte de Laurinda Kassinda, de 32 anos.
A tragédia que causou também quatro feridos, três dos quais crianças, aconteceu na estância turística da Baía Azul, no sudoeste da província de Benguela, quando a parte frontal do edifício de dois andares colapsou, desfecho que não surpreendeu o responsável pela Avaliação de Riscos dos Serviços de Protecção e Civil e Bombeiros, Júlio Tonecas.
De acordo com o especialista, citado pela Angop, as paredes do prédio apresentavam fissuras superiores a dois centímetros, que são fortes indícios de desabamento.
O diagnóstico está contudo longe de se restringir ao edifício que veio abaixo. Para o director técnico da Direcção Provincial de Benguela das Obras Públicas, Celestino Sebastião, é fundamental verificar também o estado de outros edifícios igualmente datados do tempo colonial e em risco de desabar. Isto não apenas na Baía Azul, mas também nas estâncias balneares de Santo António, em Benguela, assim como na Restinga e Egipto-Praia, no Lobito.