Alguns empreiteiros a operar em Angola estão a exigir a revisão dos contratos de adjudicação para a realização de obras públicas, concretamente do custo da obra, argumentando com a desvalorização da moeda nacional, o kwanza, entre outros factores, como a inflação, de acordo com a Angop.
A secretária de Estado Aia-Eza da Silva solicitou aos governos provinciais que encontrem outras formas de renegociação para o reinício de diversas obras inscritas no Programa de Investimentos públicos (PIP), "dado que o Governo não dispõe de condições financeiras para satisfazer as exigências apresentadas pelos empreiteiros."
Aia-Eza da Silva, que intervinha no decurso de um seminário sobre a execução do Orçamento Geral do Estado para 2017, recordou que uma comissão constituída em 2016 concluiu que as alterações económicas decorridas desde a assinatura dos contratos de empreitadas implicavam em muitos casos um aumento para o dobro dos custos.
A secretária do Estado do Tesouro voltou a afirmar que o Ministério não dispõe de recursos para satisfazer todas as exigências apresentadas, admitindo tratar-se de um processo "muito delicado".