As sanções anunciadas na sexta-feira surgiram num contexto em que o Irão realizou um teste com um míssil balístico de médio alcance, mas que já estavam desenhadas na campanha eleitoral, onde Trump afirmou que iria anular o acordo assinado por Barack Obama entre Washington e Teerão, tendo como pressuposto o abandono do projecto nuclear iraniano.

Neste contexto de ameaça bélica, o secretário da Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, afirmou que o Irão é o principal financiador do terrorismo no mundo.

"Não adianta ignorá-lo. Não vale a pena descartá-lo", disse Mattis.

Trump reafirmou já depois de eleito que iria "rasgar" o acordo nuclear que os Estados Unidos, com a Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha, assinaram com Irão, que permitiu o levantamento de sanções económicas contra Teerão.

Subjacente a este reacender da tensão com o Irão está a convicção dos EUA que o disparo do míssil na semana passada, violou a resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU, que impõe ao Irão que não faça testes de mísseis capazes de transportar uma arma nuclear.

Às novas sanções e às ameaças de Trump,o Irão respondeu divulgando a informação de que vai utilizar mísseis num exercício com a Guarda Revolucionária, tendo o seu líder supremo vindo a terreiro logo de seguida defender que o país não pode ficar de braços cruzados quando todos os seus potenciais inimigos se estão a armar de forma pesada.

E disse ainda o Governo de Teerão que os exercícios anunciados são uma ferramenta de preparação para todas as ameaças e uma resposta às humilhantes sanções decretadas por Washington.