O juiz James L. Robart, pelo menos durante um período de tempo a definir para que o decreto seja discutido pela Justiça, impediu o efeito da ordem assinada por Donald Trump sobre centenas de pessoas que em escassos dias de aplicação tinham sido impedidas de entrar no país, passando, de imediato, após a decisão do juiz federal, a poderem passar a fronteira, levando as companhias aéreas a permitir que cidadãos da Síria, Iémen, Irão, Iraque, Somália, Líbia e Sudão entrem nos seus aviões com destinos aos Estados Unidos.
Algumas vozes surgiram a apoiar a decisão do juiz Robart, lembrando que a razão não pertence a quem mais grita em público, mas sim a quem decide em conformidade com a Constituição.
O procurador-geral do Estado de Washington, Bob Ferguson , foi um dos primeiros que veio a público defender a decisão do juiz Robart: "A Constituição, hoje, venceu. Ninguém está acima da lei, nem mesmo o Presidente", admitindo que a batalha legal que vai chegar pode ser "feroz".
E, como era de esperar, Trump não se fez rogado a responder, fazendo os serviços da Casa Branca emitir um comunicado onde a decisão de Jammes L. Robart é apelidada de "escandalosa", tendo o secretário da Justiça ficado de estudar a matéria para definir uma resposta.
E o próprio Trump também veio sublinhar que o que está a fazer é para proteger os americanos do perigo que os terroristas oriundos dos sete países referidos representam.
No âmbito desta polémica, entretanto, os media internacionais já começaram a desmontar o conteúdo das declarações e do documento de Trump, divulgando a lista dos "terroristas" conhecidos por terem actuado nos EUA, sendo que os países que maioritariamente os forneceram, com a Arábia Saudita à cabeça, não constam da lista.
E também depois de Kellyanne Conway, conselheira de Donald Trump ter, numa entrevista televisiva, inventado um massacre alegadamente protagonizado por muçulmanos iraquianos, na cidade de Bowling Green, no estado de Kentucky. O que simplesmente nunca aconteceu, mas que foi usado pela responsável para justificar a ordem de Trump de proibir a entrada nos EUA de cidadãos dos sete países.