Morreu num acidente? Forjou a própria morte? Foi sequestrado por uma organização criminosa? À falta de uma resposta cabal sobre o que aconteceu a Rachid Mustapha não têm faltado especulações sobre o destino deste homem de negócios e ex-candidato à Presidência da Mauritânia, que desapareceu sem deixar rasto em Maio de 2010, poucos minutos antes da aterragem em Luanda.

Em busca de explicações, centenas de pessoas próximas do empresário, entre familiares e amigos, manifestaram-se hoje defronte da presidência da Mauritânia, exigindo que o poder político pressione as autoridades angolanas para apresentarem o resultado das investigações.

Visto pela última vez a embarcar em Ponta Negra, no Congo Brazzaville, em direcção a Angola, o empresário seguia num avião privado que desapareceu dos radares instantes depois de iniciar a descida para Luanda.

Apesar de Rachid ter sido dado como morto, tal como os outros dois tripulantes da aeronave, o facto de o aparelho nunca ter sido encontrado continua a inspirar uma série de intrigas.

O mistério adensou-se em 2013 com informações oriundas do Kuwait, de que o mauritano terá sido sequestrado por uma organização criminosa africana, com a qual estaria a negociar a libertação.

Por detrás desta teoria surgem várias outras teses sobre o alegado envolvimento do empresário em negócios de alto risco.

De acordo com um dos amigos do ex-candidato presidencial, citado pela imprensa mauritana, na altura do desaparecimento Rachid tinha em mãos uma transacção de centenas de milhões de dólares. Talvez o suficiente para se tornar um alvo a abater? O enigma prossegue.