O cerne da questão não é se os motivos existem ou não para o encerramento do que quer que seja, mas sim a forma continuada de erros de palmatória que ou indicam uma inexperiência de "bastante gravidade" ou apenas um total desrespeito, já que mais não seja, pelo simples senso comum.

Os estádios de futebol e as actividades de índole cultural e religiosa que resultam em mortes e feridos com "bastante gravidade" continuam a acontecer um pouco por todo o país, com inquéritos cujos resultados de natureza factual ficam também pendurados em segredo.

As estradas construídas com dinheiro de países "amigos" à custa da penhora do futuro dos angolanos, sem qualquer fiscalização e que se apresentam num estado de "bastante gravidade", resultando mais uma vez em mortes, feridos, degradação de equipamentos rolantes e esgotamento da paciência do cidadão, continuam abertas e em franco desenvolvimento.

Os hospitais e centros de saúde abarrotados de doenças de "bastante gravidade", sem medicamentos gratuitos e com funcionários dispostos em colaborar com interesses escondidos, continuam a funcionar.

Os funcionários de estabelecimentos de ensino que em tempo de reconfirmação de matrículas solicitam mecanismos de agilização de "bastante gravidade" para permitir que os alunos sejam matriculados estão impunes e vaidosos e continuam a ver o seu ganha-pão garantido no final de cada mês.

O cassetete que cai na cabeça do cidadão com "bastante gravidade" teima, de forma reiterada, em beneficiar o erro e a tendência em sacrificar os mais fracos enquanto os prevaricadores são perdoados para poderem reincidir nos seus graves actos em contravenção com a lei, pondo em risco a segurança do cidadão cumpridor da lei. Com tanta gravidade, até o nosso rio Kwanza vai entrar em período de contenção.(...)

(Pode ler a crónica integral de Amadeu Batatinha na edição 470 do Novo Jornal, ou em digital, que pode pagar no Multicaixa)