Apesar de Francisco se ter dirigido, no Domingo, especialmente ao Kasai Central, onde há meses as milícias de Kamwina Nsapu, um líder político-religioso local com tendências autonomistas, as suas palavras foram proferidas horas depois de quase três dezenas de camponeses terem sido massacrados pelas milícias Mai-Mai, no Kivu Norte.

Para além do Kasai, e dos Kivus, Norte e Sul, a RDC tem assistido nos últimos anos a diferentes focos de tensão e violência também na sua capital, Kinshasa, devido à crise política que o país vive com a persistente manutenção do Presidente Joseph Kabila no poder para lá do tempo constitucional do seu segundo e último mandato legítimo.

No rasto destas diferentes formas de violência e tensão ficaram já milhares de mortos e é nesse contexto que o Papa Francisco disse que sente uma "forte dor" pelas vítimas, especialmente pelas "inúmeras crianças" entre elas, arrancadas de forma brutal às suas famílias muitas vezes para serem transformadas em crianças-soldado.

O Papa apelou às autoridades congolesas e à comunidade internacional para que seja encontrada uma solução que permita colocar um ponto final no sofrimento do martirizado povo congolês.