O caso aconteceu no Sábado, quando, num discurso na Florida, o Presidente norte-americano se referiu a um atentado na Suécia, que teria, segundo Trump, acontecido no dia anterior, sexta-feira, mas que nunca existiu.

Este episódio ocorre duas semanas depois de uma das suas principais assessoras, Kellyanne Conway, ter feito o mesmo sobre um alegado massacre ocorrido nos EUA, em Bowling Green, perpetrado por jihadistas, para acusar a imprensa norte-americana de não dar notícias que poderiam favorecer o avanço da ordem executiva do Presidente para impedir a entrada no país de cidadãos de sete países muçulmanos, três destes africanos, a Somália, a Líbia e Sudão.

Depois de desfeito o "equívoco", Conway desfez-se em justificações mas acabou por pedir desculpa pelo erro.

Agora, Donald Trump vem dizer que o seu erro, que é o segundo desta natureza da sua Administração em um mês de funções, se deveu a informações veiculadas PELA Fox News, um canal conhecido pelas suas posições conservadoras e alinhado com a direita mais radical norte-americana.

Como vem sendo usual, Trump recorreu ao Twitter para justificar o seu erro: "A minha declaração (no Sábado) sobre o que se está a passar na Suécia era uma referência a uma história emitida na Fox sobre imigrantes na Suécia".

O Presidente norte-americano foi claro ao pedir, no seu discurso na Florida, para que as pessoas usassem como referência o que se tinha passado na sexta-feira, na Suécia, o tal ataque que nunca existiu, para defender a sua lei anti-imigração.

Demonstrando que o mundo começa a estar cansado destes episódios contendo "factos alternativos", que foi o que a sua assessora chamou às alegadas "mentiras" da imprensa sobre Trump, o ex-primeiro-ministro sueco Carl Bildt recorreu também à rede social Twitter para perguntar o que andara Trump a fumar para lhe ocorrerem estas ideias

"A Suécia? Um atentado? O que é que ele fumou?", questionou Bildt, numa das muitas frases que circularam pelas redes sociais a gozar com o Presidente Donald Trump.

Perante isto, os serviços da Casa Branca vieram em defesa de Trump dizendo que este se referia à relação existente entre o aumento do crime e a entrada de imigrantes e refugiados nos países.