Com a duração de duas horas e nove minutos, o eclipse anular do sol deste domingo vai permitir observar, por um minuto nove segundos e três décimos de segundo, o chamado "anel de fogo", visível das 17 horas 25 minutos 37 segundos e 9 décimos de segundo às 17 horas 26 minutos 47 segundos e dois décimos de segundo.

O "espectáculo" vai ser estudado por uma equipa composta por quatro cientistas franceses e coordenada pelo astrofísico angolano Jaime Pombo Vilinga, professor doutor e director do Instituto Superior Técnico Militar (ISTM).

Segundo explica o responsável do ISTM, "o eclipse anular do Sol surge quando a Lua se sobrepõe ao Sol e cria uma sombra, onde a Lua vai tapar o disco do Sol e daí irá observar-se uma noite durante o dia".

Mais do que descrever o fenómeno, Jaime Vilinga chama a atenção para os cuidados a ter para a sua observação.

"A população tem o Sol todos os dias, mas o que ocorre nos dias de eclipse solar é diferente. Por uma questão de precaução é necessário evitar [olhar directamente para o Sol sem óculos apropriados], visto que a lesão ocular é irreversível", alerta o astrofísico, citado pela Angop.

Jaime Vilinga desaconselha, por isso, a utilização de máquinas fotográficas e óculos escuros para observar o fenómeno, por apresentarem pouca capacidade de filtrar os raios solares.

O presente eclipse anular do Sol inicia-se no extremo sul do Oceano Pacífico ao largo da América do Sul, mais precisamente na Patagónia (Chile e Argentina), e já depois de atravessar o Oceano Atlântico - onde atingirá o seu máximo - vai entrar no continente africano pela província do Namibe, entre as localidades de Lucira e Bentiaba.

De acordo com os especialistas, a fase parcial do eclipse terminará às 18 horas 28 minutos e 28 segundos, sendo que a sua linha de centralidade atravessará o território angolano do mar ao leste pelas províncias do Namibe, Benguela, Huila, Huambo, Bié e Moxico.

A rota passa ainda pelo parque Nacional da Cameia e no Cazombo e termina na República Democrática do Congo, próximo da cidade de Lubumbashi, já em período de pôr-do-sol.