Para além destes dois funcionários da ONU, com eles estão igualmente em parte incerta três motoristas e um intérprete de nacionalidade congolesa-democrática.

A suspeita de que tenham sido raptados por milicianos de Nsapu, um líder local que foi morto em Agosto de 2016, durante confrontos com as Forças Armadas da RDC (FARDC), é o cenário que a ONU está a encarar como mais provável, segundo avançou um porta-voz da organização em Nova Iorque.

Também as autoridades congolesas admitem as seis pessoas tenham sido levados para parte incerta por "elementos desconhecidos", embora existam fundadas suspeitas de que se trata de um grupo ligado aos rebeldes que nos últimos meses têm levado a cabo acções violentas no Kasai Central.

Este rapto acontece quando decorre uma situação polémica que envolve já a comunidade internacional, nomeadamente a ONU, e que começou com a divulgação nas redes sociais de um vídeo onde alegados militares das FARDC executaram sumariamente a tiro cerca de 20 milicianos de Kamwina Nsapu desarmados.

Estes dois elementos estrangeiros, um norte-americano e outro sueco, são parte da equipa de seis especialistas que missão da ONU na RDC, a MONUSCO, tem ao seu serviço no país.

A própria MONUSCO, que é a maior e mais dispendiosa missão que na ONU tem em todo o mundo, com mais de 20 mil elementos, a maior parte forças militarizadas, já divulgou que tem em curso uma busca exaustiva pelos seus funcionários alegadamente raptados.

Na área de Kananga, capital do Kasai Central, onde os milicianos de Kamwina Nsapu concentram o seu esforço maior contra o Estado e as suas instituições, estão agora cerca de centena e meia de elementos da MONUSCO, capacetes azuis, para monitorizar a actividade das FARDC e dos milicianos.