A alegada postura parcial e tratamento diferenciado da comunicação social pública em favor do MPLA , na cobertura noticiosa da pré-campanha para as eleições gerais, motivou o grupo parlamentar da UNITA a apresentar um Voto de Protesto na última sessão plenária da Assembleia Nacional, gesto agora desvalorizado pelo MPLA.
Para o primeiro vice-presidente da bancada parlamentar do MPLA, as "acusações melodramáticas" dos "Maninhos" não são novidade, porque "enquadram-se perfeitamente na retórica e na estratégia adoptada por esse partido desde as eleições de 1992", as primeiras realizadas no país.
No seu protesto, a UNITA mencionou que os órgãos de comunicação social públicos foram colocados ao serviço da campanha, às custas do erário público, e contestou a "abusiva mistura da função ministerial com a de candidato" de João Lourenço.
Na reação, Pedro Sebastião considera que a posição da UNITA resulta do "pânico" criado pela "inevitabilidade de mais uma derrota eleitoral".
O deputado acusa ainda o partido do "Galo Negro" de tentar "manter o país sob clima de permanente tensão", para "atrair o voto do medo".