Os números foram divulgados pelo director clínico daquela unidade hospitalar, João Chiwana, em alusão ao Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose, que hoje se assinala.

De acordo com o responsável, as novas infecções são maioritariamente pulmonares e tendem a crescer significativamente, devido à ineficácia dos programas de combate a tuberculose desenvolvidos e à procura tardia pelos doentes de tratamento.

"A não procura dos cuidados médicos durante o aparecimento dos primeiros sintomas pode levar a uma infecção dos membros da família, colegas de escola e vizinhos próximos", referiu João Chiwana, em declarações à agência noticiosa angolana, Angop.

O responsável salientou que os jovens são mais afectados, acrescentando que o insucesso nos programas de combate à doença deve-se sobretudo ao abandono do tratamento pelos pacientes, bem como ao consumo exagerado de bebidas alcoólicas, drogas e tabaco.

Na sua mensagem para assinalar a data, a directora regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) para África, Matshidiso Moeti, disse que a tuberculose continua a ser uma das dez principais causas de morte no mundo e que cada um em quatro novos casos de infecção ocorre no africano, que conta também com 16 dos 30 países que têm o fardo mais elevado da doença.

Segundo Matshidiso Moeti, embora o número de casos de tuberculose a nível mundial esteja a diminuir, houve uns estarrecedores 10,4 milhões de novos casos estimados da doença em 2015.

"Mais de um terço destes continuam por diagnosticar e tratar, ou encontram-se diagnosticados, mas não estão registados nos programas nacionais de luta contra a tuberculose", salienta.