Foi em Julho do ano passado aprovado em Assembleia Geral o aumento do capital pelos accionistas do BPAN, para a adequação dos fundos próprios aos rácios regulamentares impostos pelo Banco Nacional de Angola (BNA).

O referido incremento de capital devia ocorrer ainda no ano passado, mas até agora, aliás ao fim do primeiro trimestre de 2017, nada aconteceu.

A mesma fonte que pediu para não ser citada disse ainda ao NJ que o aumento de capital está atrasado por falta de meios financeiros por parte dos accionistas.

Neste momento, o banco já começa a entrar em dificuldades para custear até despesas operacionais, estando ameaçados até os próximos compromissos com salários.

O BNA já alertou o banco para o facto de os rácios estarem significativamente abaixo dos mínimos exigidos, incluindo o rácio de solvabilidade. O BNA exige um mínimo de 10% para o rácio de solvabilidade face aos fundos próprios, e o BPAN está no vermelho.

O aumento de capital é crucial para a salvação da instituição, sem o qual, no limite, o banco corre o risco de ver a sua licença cancelada pelo banco central.

O Banco Pungo Andongo tem como PCA o empresário Jorge Gaudens Pontes Sebastião, vezes sem conta referenciado como um dos testas-de-ferro de Zenu dos Santos, filho do Presidente da República.

Entre os accionistas contam-se o actual Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Manuel da Cruz Neto, Marcos Fonseca, Felipe Lemos e Manuel Monteiro. O brasileiro José Valentim Barbieri é o CEO da instituição bancária que segundo fontes próximas ao banco já terá apresentado carta de demissão.

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