Segundo François Madila Kalamba, líder da assembleia legislativa da província de Kasai-Central, na RDC, o ataque contra os polícias foi realizado por rebeldes do Kamuina Nsapu, que, na passada sexta-feira, 24, interceptaram as vítimas quando as mesmas se deslocavam da cidade Tshikapa para Kananga, capital provincial.

Em declarações à agência Reuters, o responsável adiantou que a milícia apenas poupou a vida a seis agentes, porque os mesmos falavam a língua local (Tshiluba), circunstância que evidencia o recrudescer da violência étnica na região.

De acordo com as Nações Unidas, mais de 400 pessoas morreram na zona de Kasai nos últimos meses, sendo que está em curso uma investigação sobre a existência de quase duas dezenas de valas comuns com vítimas de ofensivas do exército congolês e dos rebeldes.

O apoio angolano

O crescente clima de violência levou o governo provincial da Lunda Norte a criar uma comissão multissectorial para garantir assistência logística a 374 refugiados congoleses, que entraram em Angola desde o início deste mês, para fugir aos confrontos registados na província congolesa do Kasai central.

Através de um comunicado, o governo da Lunda Norte, província por onde os refugiados entraram, informa que desses 374 cidadãos congoleses 208 foram encaminhados para localidades mais seguras do Congo, em coordenação com as autoridades locais, enquanto 166 ficaram sob protecção das autoridades angolanas.