"As decisões para o próximo ano fiscal, que começa a 1 de Julho, estão a ser finalizadas neste momento. Os recursos serão atribuídos aos países com base na sua performance política e capacidade institucional de usar os recursos de uma forma que reduza a pobreza", explicou o Banco Mundial (BM) à agência Lusa.

Os potenciais beneficiários incluem, entre outros, Angola, Moçambique, Cabo Verde e Guiné Equatorial, sendo que, deste grupo, no financiamento anterior - no valor de 50 mil milhões de dólares - Luanda e Maputo lideraram o acesso aos fundos disponibilizados pelo BM.

No caso dos moçambicanos, a dotação foi de 6,3 mil milhões de dólares, enquanto Angola beneficiou de 1,8 mil milhões.

Com o novo financiamento de 57 mil milhões de dólares - a aplicar nos próximos três anos, em projectos concretos -, a instituição financeira espera contribuir para levar cuidados de saúde e nutrição a mais 400 milhões de pessoas, melhorar o acesso a recurso hídricos para 45 milhões e aumentar a produção de energia com fontes renováveis em 5 GW, o suficiente para abastecer 3,5 milhões de lares.

A maior fatia do novo pacote virá da Associação Internacional de Desenvolvimento, (AID), o organismo do Banco Mundial que fornece empréstimos sem juros e subsídios aos países mais pobres, contando ainda com 8 mil milhões do sector privado e 4 mil milhões de outros organismos.

"Isto representa uma oportunidade sem precedentes de mudar a trajectória de desenvolvimento dos países da região. Com este compromisso, vamos trabalhar com os nossos clientes para expandir substancialmente os programas em educação, serviços de saúde, água potável, serviços sanitários, agricultura, ambiente, infra-estrutura e reforma institucional", disse o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, citadp pela agência Lusa.

A instituição explica que "os países podem candidatar-se com projectos a qualquer altura", cabendo depois ao Banco Mundial "decidir quais as candidaturas que melhor servem os seus objectivos dentro de um orçamento estabelecido para cada país."