Ricardo Viegas D' Abreu, que tal como a sua antecessora, foi vice-governador do Banco Nacional de Angola, chega à liderança do BPC num "momento muito particular" da história da instituição, conforme descreveu em Outubro passado o ministro das Finanças, Archer Mangueira.

Com um volume de crédito malparado estimado em 1,2 mil milhões de dólares, o maior banco estatal procura dar a volta a uma acentuada crise de liquidez, que conduziu ao desenvolvimento de um plano de reestruturação, beneficiado com uma injecção de 325 milhões de dólares do Banco Africano de Desenvolvimento.

O processo de saneamento, agora sob condução de Ricardo Viegas D' Abreu - cujo mandato tem validade até 2021 - conta também com um aumento de capital de 90 mil milhões de kwanzas (cerca de 542,4 milhões de dólares).

De acordo com uma nota do Ministério das Finanças, citada pela agência Lusa, os accionistas do BPC aprovaram o plano de recapitalização e reestruturação do banco e incumbiram os órgãos sociais de "procederem à sua materialização dentro dos prazos nele definidos", tendo ainda deliberado "sobre a emissão de obrigações convertíveis em acções pela sociedade".