Com a tática apontada para o apuramento de Angola para o CAN 2019, a ser disputado nos Camarões, caminhada que poderá impulsionar a qualificação para o Mundial do Qatar de 2022, o seleccionador nacional revela, em entrevista ao portal brasileiro Torcedores.com, que tem uma conquista extra-competitiva na mira.

"Este também é um dos objectivos da Federação: conseguir que o torcedor seja mais optimista com a nova era da selecção", adianta Beto Bianchi, reconhecendo que apesar de o angolano gostar muito de futebol "está um pouco desacreditado", tendo em conta "o baixo rendimento" apresentado pelo onze nacional nos últimos anos.

"Só com o empate que tivemos no último jogo contra a África do Sul, o país já começou a acreditar neste novo projecto", confia o técnico, que acumula a liderança dos "Palancas Negras" com o comando do Petro de Luanda, equipa que, sob sua batuta, na última época lutou pelo título até à última jornada.

"Fui contratado pelo Petro de Luanda e fomos vice campeões, quando o objectivo era terminar entre os seis primeiros", diz o treinador, para quem o Girabola tem condições, sobretudo com a entrada de novos responsáveis federativos, de "ser uma das melhores competições da África".

Para isso, Bianchi defende que é necessário proceder a alguns ajustes. "Os salários aqui são altos, no meu ponto de vista o nível da competição não está relativo com esse dinheiro. Falta mais organização e saber investir em jogadores estrangeiros que realmente marquem a diferença para subir ainda mais o nível da competição", considera o seleccionador nacional.