Durante uma hora, várias cidades apagam as luzes de locais emblemáticos e históricos. Exemplos disso são a Torre Eiffel em Paris, a Casa da Ópera em Sidney, as Pirâmides do Egipto no Cairo, o Monumento da Independência na Cidade do México, a Torre de Tóquio em Tóquio, a Torre Big Ben e o Parlamento Inglês em Londres e a Ponte 25 de Abril em Lisboa.

Desde o seu início em 2007, a adesão tem sido cada vez maior tal como a diversificação de actividades. É que, para além de se apagarem as luzes, há concertos à luz de velas, palestras e outras actividades ambientalmente sustentáveis.

Este ano participaram nesta actividade 187 países e territórios e mais de 3.000 locais emblemáticos desligaram as suas luzes. No Facebook, mais de 12 milhões de pessoas estiveram expostas à mensagens sobre a Hora do Planeta e aspectos relacionados com as alterações climáticas.

Durante sessenta minutos, houve um "apagão" planificado e as pessoas celebraram com entusiasmo a falta de luz. Aplaudiram na escuridão. Manifestaram- -se alegremente com cartazes, danças e até música ao vivo. Este "apagão" foi noticiado em todo o mundo com cobertura pelas principais cadeias televisivas.

Angola, que como sabemos está sempre no ranking com os piores resultados, este ano decidiu fazer diferente: liderar de forma exemplar as festividades da "Hora do Planeta". A sua acção deixou o simbolismo de lado para se tornar numa manifestação de garra governativa e de inclusão social. A sua liderança, sempre acompanhada com uma malandrice engenhosa, já deu frutos a nível mundial.

Angola, com base na sua experiência, preparou uma lista das actividades a serem desenvolvidas na "Hora do Planeta" de 2018. Esta lista, ao ser aprovada pela Organização das Nações Unidas, será obrigatória mundialmente. Alguns dos elementos desta lista incluem o seguinte:

- "A Hora do Planeta", para ter impacto, deveria ser estendida para mais tempo. Propusemos "O Mês do Planeta".

- Para ter mais impacto, os "apagões" não devem ser planificados. Devem ocorrer sem aviso prévio, pois assim as pessoas notam e quando a luz volta há maior felicidade e celebração. Principalmente se a luz voltar um pouco depois da meia-noite.

- Nas actividades de celebração do regresso da luz, as palmas devem ser obrigatórias, pois assim matamos uns tantos mosquitos malandros que se aproveitam da escuridão e asseguramos uma vida saudável para todo o mundo.

- Deveriam existir restrições no fornecimento de combustível para evitar que uns malandros ponham a funcionar os seus geradores em tempo de "apagão".

- O slogan proposto para 2018 é "Apagão já, por um mundo brilhante".