Este é um tema que a CASA-CE tem apostado nos últimos meses, bem como outros partidos da oposição, nomeadamente a UNITA, porque se entende que a contagem limitada à dimensão provincial não permite o mesmo patamar de credibilidade e transparência no apuramento dos resultados.

O tema surge de novo à tona da discussão porquanto o vice-presidente da CASA-CE aproveitou a 5ª reunião plenária da 5ª sessão legislativa da III Legislatura da Assembleia Nacional para, a poucos meses do arranque da campanha eleitoral das eleições que deverão ter lugar no mês de Agosto, reafirmar a defesa desta alteração à Lei Orgânica das Eleições.

Apesar do escasso calendário para que a Assembleia Nacional possa organizar-se de modo a proceder a esta alteração, André Mendes de Carvalho sublinha que, para isso, "basta haver vontade política", não encontrando obstáculos de natureza organizativa.

Essa ausência de dificuldades de organização a tempo e horas resulta da existência de mais de 2.700 comissários municipais que permitem avançar para esta alteração, carecendo apenas de condições administrativas e técnicas para descer o patamar administrativo dessa mesma contagem de votos, bem como a publicação desses mesmos resultados.

Mendes de Carvalho voltou ainda ao tema da parcialidade da comunicação social, enfatizando a necessidade de a imparcialidade ser igual para todas as forças políticas, "antes e depois da votação".

"As próximas eleições devem ser exemplares para não deixarem dúvidas sobre o modo transparente, isento, livre, democrático, justo e credível da sua realização", afirmou.