Com mais de 300 quilogramas, o busto, que ali fora colocado em 2007, foi removido da base, provavelmente com o objectivo de ser transportado para destino incerto, mas, devido ao peso, foi abandonado ainda no perímetro da praça.

O chefe do Departamento do Património Histórico e Cultural do Huambo, João Afonso, citado pela Angop, explicou que a tentativa de furto do busto de Deolinda Rodrigues foi gorada, provavelmente pela incapacidade dos autores de o levar como planeado.

Construído em bronze, devido ao elevado preço deste metal, existe a possibilidade de a tentativa de furto desta peça patrimonial ter tido como objectivo derretê-lo e posterior venda ao peso.

Deolinda Rodrigues, é uma das mais conhecidas militantes históricas do MPLA e da luta pela independência de Angola, ingressou no partido pouco depois da sua fundação, em 1956, construindo até à data da sua morte, em 1968 - nasceu em 1939 - uma grande notoriedade como militante nacionalista e escritora.

De acordo com a sua biografia publicada no site do MPLA, "no dia 02 de Março de 1967, Deolinda Rodrigues e mais cinco responsáveis da Organização da Mulher Angolana: Engrácia dos Santos, Irene Cohen, Lucrécia Paim e Teresa Afonso foram raptadas em Kamuna, Congo Kinshasa, pela UPA (FNLA), quando regressavam de uma missão nas selvas do interior do país contra o colonialismo português, tendo sido levadas para as celas do campo de concentração de Kinkuzu , base militar da UPA, onde viriam posteriormente a morrer em momento e circunstancias até agora não esclarecidas. Mas sabe-se de algumas testemunhas que Deolinda Rodrigues foi esquartejada viva".