"A criação deste projecto é um roteiro conducente à auto-suficiência de África, aplicando uma gestão estratégica global aos seus recursos naturais", antecipa-se no site do Natrabank, onde se lê também que o continente tem sido negligenciado pelas empresas de exploração e de mineração e seus investidores.
"Vamos demonstrar como o ouro e outros recursos naturais podem ser utilizados como garantia para gerar linhas de crédito e Fundos Soberanos, para criar programas de financiamento de projectos de infra-estruturas sem aumentar a dívida pública", promete a instituição, inaugurada no passado dia 22 de Abril.
Segundo adianta a Angop, a actuação do Natrabank vai incidir sobre a troca de produtos manufacturados por recursos naturais, bem como sobre a venda dessas potencialidades nos mercados mundiais, com vista à obtenção de financiamentos que serão canalizados para o desenvolvimento dos países envolvidos.
Com destaque, para além de Angola, para a República Democrática do Congo e o Zimbabué, reconhecidos pela sua riqueza em minérios.
Orientado para actuar nas áreas de infra-estruturas, agricultura e energia e águas, o Natrabank está sediado no Condomínio Jardim de Rosas, no bairro Camama, e tem como presidente do Conselho de Administração Celeste de Brito.
Segundo Francisco Queiroz, citado pela Angop, a nova instituição chega numa altura-chave, em que o país precisa de um instrumento de natureza financeira que encoraje os investimentos privados no sector mineiro.