Em declarações à Rádio Nacional, João Baptista Borges sublinhou que as metas traçadas pelo Executivo estão a ser cumpridas, tendo em conta que, conforme previsto, a água na albufeira da barragem hidroeléctrica de Laúca atinge hoje os 800 metros de altura.

"Temos estado a proceder ao enchimento da albufeira de Laúca tal como foi planeado", destacou o ministro da Energia e Águas, revelando que as restrições no fornecimento de energia eléctrica à província de Luanda vão começar a diminuir na primeira semana de Maio.

Segundo o governante, citado pelo Jornal de Angola, "em Julho, a disponibilidade de energia vai aumentar e, certamente, as restrições vão deixar de existir".

Confiante nos efeitos do arranque, marcado para hoje, dos ensaios operacionais do primeiro grupo gerador da barragem hidroeléctrica de Laúca - com capacidade para gerar 334 megawatts - João Baptista Borges adianta que "previsivelmente deixaremos de ter restrições de energia em Luanda a partir do segundo semestre" de 2017.

O responsável assinala ainda que as melhorias no fornecimento de electricidade, "de certa forma" afectadas pela baixa pluviosidade, serão igualmente garantidas pelo facto de também a barragem hidroeléctrica de Cambambe ter maior disponibilidade de água.

Laúca, obra entregue à brasileira Odebrecht, com a participação de outras empresas, como a Somague Angola ou a Teixeira Duarte, é a maior obra de engenharia em Angola e a segunda maior do continente africano, e faz parte de um conjunto de três barragens situadas no rio Kwanza. Está situada a montante de Cambambe e a jusante de Capanda, conjunto que, quando estiver em plena actividade promete eliminar as falhas de energia a que Luanda e as mais importantes cidades do país estão habituadas.