Questionado sobre o critério de selecção aplicado para que só 1.500 candidatos tenham sido enquadrados, e mais de 2.000 tenham ficado de fora, Lourenço Neto, inspector provincial da educação de Luanda, explicou que houve um misto de ordenamento alfabético e de quota numérica.

Por exemplo, em vez de se seguir uma lógica exclusivamente alfabética, foram sendo seleccionados 20 candidatos cujas iniciais começassem com a letra A, depois mais 20 com a letra e assim sucessivamente.

"Reconhecemos que não foi o critério mais justo porque, se falarmos de justiça, o ideal seria enquadrar todos que concorreram. Mas isso não foi possível. Então encontramos esta forma para haver algum equilíbrio", disse o responsável ao Novo Jornal online, consciente do avolumar dos protestos.

"Estamos cientes de que vai haver muitas reclamações, mas não podemos fazer nada porque estamos a ultimar o processo daqueles que foram chamados, para concluírem a documentação e serem enquadrados ainda no próximo semestre", para cobrirem a necessidade de professores que existe nalgumas escolas.

Lourenço Neto esclareceu também que "só foi possível enquadrar no sistema de ensino 50% dos candidatos devido à situação financeira do país", acrescentando que entre os 1.500 candidatos enquadrados encontra-se também pessoal para a área da administração.

Quanto aos candidatos não seleccionados, o inspector adiantou que deverão aguardar pela próxima fase, porque o processo de enquadramento é contínuo, no sentido de inseri-los no sistema de ensino.