Numa nota em alusão ao 1.º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, a que a agência Lusa teve hoje acesso, a central sindical faz o seu julgamento da situação dos empregados "a julgar pela degradação progressiva das condições socioeconómicas, laborais e sindicais dos trabalhadores".

Entre as dificuldades, a central sindical enumera 11 inquietações, de que destaca o "elevado índice de desemprego entre a população economicamente activa, o crescente número de despedimentos em consequência do encerramento de vários postos de trabalho, acentuada perda de do poder de compra do salário real.

A central sindical chama ainda a atenção para as dificuldades vividas pelos trabalhadores, os exíguos serviços estatais/públicos gratuitos, sobretudo no sector da educação e da saúde, relativamente ao ensino obrigatório nas escolas, bem como à assistência à primeira infância nos hospitais.

Mais concretamente, a nota expressa preocupação com os últimos desenvolvimentos no sector da educação, "reconhecendo a legitimidade das reivindicações assumidas pelos sindicatos afectos ao sector, com a declaração de greve em curso em todo o país".

"A CGSILA apresenta a sua solidariedade com os professores e trabalhadores do sector da educação, subsistema não universitário, pela coragem na luta em defesa dos seus interesses, sendo certo que os servidores de hoje caminham para a velhice e reformas, porém a educação e o ensino hão-de continuar o seu rumo, desde que os homens de hoje sejam bem formados e contributivos", lê-se no comunicado.

Os professores iniciaram nesta terça-feira a sua segunda fase de uma greve, que deverá ocorrer até o dia 05 de maio, depois de já o terem feito nos dias 05, 06 e 07 de Abril, reivindicando dentre outras questões melhores condições de trabalho e reajustamento do seu salário, cuja resposta da entidade empregadora aguarda desde 2013.

A concluir, aquela central sindical felicita todos os trabalhadores pela data e apela ao Governo angolano "para manter a sensibilidade, reconhecendo no trabalhador a importância da sua existência e colaboração como um dos pilares essenciais para o desenvolvimento do país".