O projecto, dinamizado pelo professor universitário angolano Domingos da Cruz, um dos 17 activistas condenados em 2016, pelo Tribunal de Luanda, a penas de prisão de até oito anos e meio de cadeia, vai ser apresentado publicamente amanhã, nem Luanda, reunindo ainda a associação "Friends of Angola".

"Neste momento de eleições, o 'Zuela' pode ser usado por qualquer cidadão interessado para denunciar violações no processo. Tudo de forma segura e 'online'", explicou à Lusa Domingos da Cruz.

Através da aplicação, disponível em versão para 'smartphones' ou através do sítio na internet http://zuela.org/, cujo nome é inspirado no termo "Zwela", que significa "fala" na língua nacional quimbundo, será possível denunciar problemas neste processo, que envolve mais de 9,3 milhões de eleitores.

Alegadas ilegalidades denunciadas serão tornadas públicas pela aplicação e participadas às autoridades, mas segundo o ativista Domingos da Cruz, o "Zuela" poderá servir para "monitorar os vários aspectos da vida de um país, como sejam os Direitos Humanos, violência, política em geral e corrupção".

"O Zuela estará assim a servir para que os cidadãos participem na vida pública dos seus países. Por meio dele pode-se lutar pela democracia", defende o activista angolano.