A decisão, que já era aguardada por Abel Chivukuvuku ser o líder daquela formação política criada em 2012, foi aprovada durante a reunião ordinária do conselho deliberativo nacional da coligação, em Luanda, e divulgada pelo vice-presidente da CASA-CE, Lindo Bernardo Tito.

Abel Chivukuvuku concorre desta forma à eleição, indirecta, para Presidente da República, enquanto André Mendes de Carvalho foi aprovado como número dois da lista da CASA-CE, concorrendo à eleição, também indirecta, de vice-Presidente da República.

As próximas eleições gerais foram convocadas para 23 de Agosto de 2017.

"O conselho aprovou ainda as linhas gerais do programa de governo da CASA-CE, para o quinquénio 2017-2017 bem como delegou poderes ao conselho presidencial para tratar assuntos inerentes à participação da coligação eleitoral nas eleições gerais de 2017", disse.

A Constituição angolana aprovada em 2010 prevê a realização de eleições gerais a cada cinco anos, elegendo 130 deputados pelo círculo nacional e mais cinco deputados pelos círculos eleitorais de cada uma das 18 províncias do país (total de 90).

O cabeça-de-lista pelo círculo nacional do partido ou coligação de partidos mais votado é automaticamente eleito Presidente da República e chefe do Executivo, conforme define a Constituição, moldes em que já decorreram as eleições de 2012.

Além de Abel Chivukuvuku, pela CASA-CE, foram já divulgados os nomes de João Lourenço, cabeça-de-lista do MPLA, Isaías Samakuva, pela UNITA, Lucas Ngonda, FNLA e Quintino Moreira pela APN.

Esta reunião ordinária do conselho deliberativo nacional aprovou ainda a adesão dos partidos Bloco Democrático e PDP-ANA à CASA-CE, juntando-se ao Partido de Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA), Partido Pacífico Angolano (PPA) e PAADA - Aliança Patriótica.

O Tribunal Constitucional indicou o período de 2 a 21 de Maio para os partidos políticos e coligações legalmente reconhecidos apresentarem as suas candidaturas às eleições gerais, prazo que não é prorrogável.

Angola contará com 9.317.294 eleitores no escrutínio, segundo os dados oficiais que o Ministério da Administração do Território entregou à Comissão Nacional Eleitoral (CNE) angolana.

No poder desde 1979, José Eduardo dos Santos, chefe de Estado angolano, não integra qualquer lista candidata do MPLA às eleições de Agosto.