Este escândalo foi revelado pela AP depois de ter acesso a documentos internos da OMS, onde fica demonstrado que as regras impostas pela ONU para conter as despesas com viagens e acomodação estão a ser desrespeitadas pelos funcionários desta organização humanitária.
Nestes documentos é ainda possível verificar que há muitos funcionários da OMS que procuram regalias como a marcação de deslocações em classe executiva e a estadia em hotéis de cinco estrelas.
UM dos exemplos sublinhados nesta notícia aponta para a directora-geral da OMS, Margaret Chan, que, numa recente viagem de serviço à Guiné-Conacry ficou instalada no quarto mais caro do país, num ho0tel de cinco estrelas, na suite presidencial do Hotel Camayenne, na capital, que custa mais de mil dólares por noite.
A OMS ainda não emitiu um comunicado sobre estas acusações graves, mas, em breves palavras, Chan afirmou que, por vezes, as despesas com hotéis são suportadas pelos países anfitriões.
Em 2016, a OMS, revela ainda a AFP, gastou 200 milhões de dólares com estas despesas, deslocações e hotéis, e apenas 79 milhões no combate à Sida e à hepatite e 59 milhões no controlo da propagação da tuberculose.